segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O pescador de prendas


Era uma vez um pescador que pescou uma bota velha. Dentro da bota estava uma prenda. Ele abriu-a e gostou tanto que decidiu ir à procura de quem a tinha deixado lá.
Seguiu umas pegadas que o levaram até um pinheirinho de Natal e a um presépio. Eles estavam à beira de uma enorme casa azul. Bateu à porta mas ninguém a abriu. Então pensou que a casa estava abandonada e foi-se embora.
A seguir, encontrou uma casa vermelha. Ele também bateu à porta e saiu de lá um velho de barbas brancas, muito gordo.
O velho disse-lhe que se podia aquecer na casa e o pescador aceitou.
- Eu sou um pescador e tu?
- Eu? Eu sou o Pai Natal e já que és pescador vai pescar porque estou cheio de fome!
O pescador foi para o lago e ficou lá muito tempo. Depois pescou outra prenda e foi a casa do Pai Natal e perguntou-lhe:
- És tu que me estás a dar presentes?
- Eu? Não, não!
- Admite, Pai Natal!
- Está bem, fui eu.
- Mas porque é que me estás a dar presentes agora em Setembro?
- Porque gosto de pescadores. Queres ver a minha fábrica?
- A tua fábrica é azul?
- É, por que é que me perguntas isso?
- Porque já lá estive.
- Oh! Oh! Oh1 Eu sou o Pai Natal e vou-te dar muitos mais presentes!
- Posso-te fazer uma pergunta?
- Podes!
- Tens alguma namorada?
- Eu não. Já sou muito velho!
- Não és nada, Pai Natal. Devias ter uma namorada.
- Oh! Eu não.
- Vou ter de me ir embora. Adeus, Pai Natal!
O pescador foi-se embora e a despedida foi em festa. Ele continuou a ter muitos presentes e o amigo teve uma namorada.
Quando chegou o Natal o pescador viu o Pai Natal com a namorada e desejaram, um ao outro, as Boas Festas e um Bom Ano Novo.
Texto e ilustração - Letícia Costa

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