No tempo em que havia golfinhos no Tejo
e os cavalos iam tomar banho
à praia da Torre de Belém.
No tempo em que eu sonhava ser astrónoma
para conhecer os segredos das estrelas e planetas.
No tempo em que ganhava dinheiro
fingindo de artista de circo
e iluminava o quarto com pirilampos.
No tempo em que os grandes ouviam
o noticiário da guerra,
as criadas contavam histórias,
as crianças não falavam à mesa
e o meu pai sabia todas as coisas.
No tempo em que eu queria crescer,
cresci. Mas a menina que fui
ainda joga às escondidas dentro de mim.
Luísa Ducla Soares
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olá, gosto do Blogue.
É bonito e bem feito.
Um abraço de;
Soberbo
Postar um comentário